#Culture
Target:
Governo, AR, CML, CM Sintra, CM Odivelas, Comissão UNESCO, ICOMOS Portugal e EPAL
Region:
Portugal
Website:
cidadanialx.blogspot.com

O Aqueduto das Águas Livres, Monumento Nacional desde 1910, é uma obra notável de arquitectura infra-estrutural e de engenharia hidráulica, que marca de forma indelével a paisagem e a história de Lisboa e de Portugal desde 1748.

A sua construção, que se iniciou em 1732 por alvará régio de D. João V, e envolveu a participação de arquitectos e engenheiros como Antonio Canevari, Manual da Maia ou Carlos Mardel, formando um sistema complexo de captação, adução e distribuição de água a Lisboa, estendendo-se por uma extensão de 14,256 km, desde a nascente das Águas Livres, perto de Dona Maria, em Belas, à Mãe d’Água das Amoreiras, já em Lisboa, desenvolvendo-se numa rede de nascentes (60), ramais e galerias laterais, maioritariamente subterrâneos, perfazendo 58,135 km.

A construção é completada por mães de água, reservatórios, respiradouros, arcarias e chafarizes (30), de maior ou menor monumentalidade, formando no seu conjunto uma unidade impressionante enquanto património histórico, técnico e artístico dos séculos XVIII e XIX.

A monumentalidade do Aqueduto das Águas Livres assume particular impacto visual quando atravessa vales mais ou menos profundos e os arcos se revelam esmagadores à vista desarmada, como no caso dos 14 arcos e pegões do Vale de Alcântara, e o seu “Arco Grande” de 65,29 m de altura (o maior arco ogival do mundo) e 28,86 m de largura, símbolo por excelência do Aqueduto e do imaginário da cidade de Lisboa.

O Aqueduto das Águas Livres foi desactivado em 1968, no culminar de um processo gradual de perda de importância, por obsolescência, e em contraponto à ascensão natural do complexo de águas do Alviela por via da utilização da máquina a vapor.

Considerando que o Aqueduto das Águas Livres cumpre a maioria, senão a totalidade, dos critérios de selecção da UNESCO com vista à classificação de bens e sítios de Património Mundial da Humanidade, designadamente, possuir assinalável valor universal e cumprir pelo menos um dos dez critérios de selecção do Comité Unesco;

E que por força disso foi incluído em Maio de 2016 na Lista Indicativa de Portugal ao Património Mundial;

Considerando a externalidade positiva que essa classificação poderá ter em termos da reabilitação da sua função original, já não para abastecimento de água potável, mas para abastecer as inúmeras fontes e os lagos da capital, muitos deles originalmente erguidos para receberem as "águas livres" (vide o exemplo de Roma que mantém as suas fontes históricas alimentadas pelos aquedutos romanos), ou para rega dos jardins e parques da cidade;

Considerando, finalmente, que a lista acima referida é meramente indicativa, assim o define a própria UNESCO e que, portanto, essa mesma Lista Indicativa funciona como “antecâmara” por forma aos países proponentes avançarem com a elaboração de facto de candidaturas consistentes e capazes - com dossier apropriado, plano de gestão, compromissos concretos para a conservação e restauro dos bens a candidatar, etc, - ou seja, se nada disso for feito, as “candidaturas” estarão na Lista Indicativa anos e anos sem terem qualquer efeito prático (atente-se nas inúmeras proposituras de Portugal inconsequentes até ao momento, em http://whc.unesco.org/en/tentativelists/state=pt);

Os abaixo assinados apelam à Assembleia da República, ao Governo, à Câmara Municipal de Lisboa, à Câmara Municipal de Sintra, à Câmara Municipal de Odivelas, à Comissão Unesco em Portugal, ao ICOMOS Portugal e à EPAL-Museu da Água, para, em conjunto e dando assim seguimento à intenção da EPAL formalizada junto da UNESCO em Maio deste ano:

Consubstanciarem a candidatura do Aqueduto das Águas Livres a Património da Humanidade em dossier de facto, até final de 2018, e que essa candidatura seja corporizada numa estrutura técnica alargada, num plano de gestão capaz e num plano integrado de salvaguarda e recuperação do Aqueduto e da área envolvente, esta última por via de soluções paisagísticas a nível local adequadas ao património em presença. E que essa candidatura não deixe de abranger todas as galerias, reservatórios e chafarizes do Aqueduto das Águas Livres.

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The Petição pela Concretização da Candidatura do Aqueduto das Águas Livres a Património da Humanidade petition to Governo, AR, CML, CM Sintra, CM Odivelas, Comissão UNESCO, ICOMOS Portugal e EPAL was written by Fórum Cidadania Lx and is in the category Culture at GoPetition.

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Aqueduto Aguas Livres