#Government
Target:
Conselho Nacional Antidrogas - CONAD
Region:
Brazil
Website:
www.encod.org

*A lista é não-pública, e só será tornada pública quando o volume de assinaturas legitimar essa decisão. Essa é uma medida para proteger a todos e estimular as assinaturas a serem o mais completas possíveis.

A ENCOD - Coligação Européia por Políticas de Drogas Justas e Eficazes vem chamando a atenção para a proposta Cannabis Social Clubs, que opera dentro do princípio de que o cultivo não-comercial da planta, individual ou coletivo, é uma prática que atua na prevenção ao crime organizado e na redução de danos e custos sociais relacionados ao mercado criminalizado de maconha.

Em meio à uma Guerra às Drogas virtualmente sem fim, essa proposta surgem como a principal bandeira de paz a um conflito que em sua profundidade e extensão vitimiza a todos os envolvidos: Policiais e juízes que são obrigados, muitas vezes contra suas interpretações pessoais, a atuar sob o sistema; cidadãos que são criminalizados pela conduta de porte ou plantio para consumo pessoal; cidadãos que são estigmatizados por se envolverem nas esferas de distribuição e produção em um mercado tornado criminoso.

Em alguns países da Europa existem atualmente Associações Civis pelos direitos das pessoas que usam maconha que lutam pela implantação desse modelo, na Espanha, por exemplo, são mais de 30 associações em todo o país, e 1 Federação de Associações. Algumas delas atualmente empreendem cultivos coletivos, e vivem nos limites da legalidade, muitas vezes enfrentando processos judiciais longos, apesar de quase sempre favoráveis.

Em países como Austrália, Inglaterra, Espanha e Holanda diversas pesquisas e relatórios têm demonstrado que o nascimento de um Movimento Social em torno do cultivo não-comercial de Cannabis sativa tem causado alterações significativas no mercado dos derivados da planta.

Esses e outros paíse atualmente têm adotados políticas e legislações mais tolerantes com relação às práticas de cultivo para consumo próprio e até mesmo a de cultivo coletivo sem finalidades comerciais. Esses países compreenderam que é possível interferir de formas mais eficazes na configuração do mercado fornecedor, sem necessariamente tornar o mercado legal.

A ENCOD está atualmente empreendendo uma campanha para levar a proposta do Cannabis Social Clubs para ser aprovada na reunião da ONU em Vienna, 2008, quando serão revistas as Políticas Internacionais sobre Drogas em vigor. Estamos acompanhando esse debate e continuaremos dialogando com essa instituição.

No Brasil essa discussão é recente, apesar de já existir um Movimento Social que busca o auto-cultivo como solução ao contato com o mercado criminalizado há pelo menos 6 anos. Atualmente, além da Ananda, do Growrooom e da Psicotropicus, a ONG Koinonia - Presença Ecumênica e Serviço, que atua em diversas frentes combatendo os problemas socias das populações camponeses no Nordeste, e há anos vem denunciando os abusos cometidos contra os cultivadores no chamado "Polígono da Maconha", também está engajada na divulgação do modelo Cannabis Social Clubs.

No entanto, somente em setembro de 2006 entrou em vigor a Lei 11.343 que entre outras definições equipara as condutas de porte e plantio para consumo pessoal, e prevê para estas contravenções penas nãos restritivas à liberdade. Além disso, a Nova Lei Antidrogas descreve a Redução de Danos como um conceito tão importante quanto os de prevenção e atenção aos usuários ou dependentes. A Lei 11.343 também prevê que essas estratégias devam respeitar as especificidades de cada substância psicoativa, do seu consumo, e das culturas das comunidades onde ocorre o uso.

Dentro desse paradigma recém inaugurado por essa legislação, e pelo lastro formado com as discussões empreendidas no âmbito da formação da Política Nacional Antidrogas em vigor desde 2005, e da experiência histórica acumulada pelo Brasil com as iniciativas de Redução de Danos existentes desde a décade de 1980, podemos admitir que seguir a tendência por políticas mais tolerantes para com o cultivo não-comercial apresentada pelos países supracitados não só se apresenta como uma necessidade estratégica, mas está de acordo com as abordagens preocupadas com a saúde e a ordem pública até hoje adotadas.

No Brasil é bastante remota a possibilidade da justiça autorizar a formação de Associações de Cultivo não-Comercial nos moldes dos CSC, onde pessoas adultas pudessem desfrutar da comodidade de se associarem e recolherem uma parcela do cultivo coletivo do Clube. No entanto, a proposta do Cannabis Social Clubs continua sendo a ideal para o enfrentamento maduro e realístico do atual mercado consumidor da planta no Brasil e no mundo.

Uma associação do gênero tem como princípios:

Só aceitar como associados pessoas maiores de 18 anos;

Não fazer qualquer tipo de publicidade;

Notificar constantemente a quantidade de plantas cultivadas, e de flores colhidas e distribuidas;

Não realizar qualquer tipo de comércio ou de distribuição gratuita a pessoas não associadas;

Manter um constante diálogo com os órgãos de Saúde Pública.

Gostaríamos de pedir ao Conselho Nacional Antidrogas - CONAD, vínculado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, que encaminhe a este último uma solicitação para que seja realizado um Estudo Oficial do Governo para analisar as reais possibilidade da implantação do modelo Cannabis Social Clubs no Brasil, usando para isso todos os meios atualmente disponíveis e dialogando com todos os países que têm experiências do gênero.

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The Cannabis Social Clubs - Brasil petition to Conselho Nacional Antidrogas - CONAD was written by Sergio Vidal and is in the category Government at GoPetition.